Em homenagem ao que seria o aniversário de
56 anos de um dos maiores artistas que a humanidade já viu por aqui, uma música
que traz uma mensagem de importante reflexão para esta sexta-feira cinzenta
principalmente em um período eleitoral.
Não é fácil andar por aí vendo tanta
injustiça, falta de humanidade e desamor. Nos sentimos desesperançosos e, em
tempos de redes sociais e smartphones,
reclama-se muito de tudo e de todos a todo o tempo.
Ao correr os dedos pela timeline do meu facebook (especialmente em época de campanha eleitoral quando
surgem os entendidos de 2 em 2 anos) pergunto-me como é que o mundo é um lugar
ainda tão cinzento e escorregadio, se todas as pessoas são tão justas e indignadas
com as desigualdades e desonestidades cometidas pela classe política. Ler o facebook em alguns momentos é como
assistir programa eleitoral. Os problemas parecem todos de tão fácil resolução
e todos parecem tão honestos e de retidão inquestionável que fica no o ar o
porquê de ainda estarmos expostos a tantos absurdos impregnados em nossas
entranhas sociais.
E aí me deparo, neste momento, nostálgica
que estou de um cantor que tanto aprecio, com a obvia e ululante resposta: a
única forma de mudar o mundo é mudarmos a nós mesmos e a mudança só funciona
quando é de dentro para fora!
Falta olhar para si para apontar defeitos
e olhar para fora com mais carinho e menos julgamento! Falta se olhar no
espelho e enxergar a própria podridão e sordidez e, ao invés de apontar sempre
os mesmos culpados, responder-se com a sinceridade mais cruel possível: o que
VOCÊ aí do espelho está fazendo para mudar o mundo?
Está pagando seus impostos? Ou está dando “jeitinho”?
Quantas vezes usou o acostamento esse ano “porque estava atrasado”? E as filas?
E aquele favor que o teu amigo/parente que trabalha na repartição X te quebrou?
Ahhh mas era porque no seu caso de fato era muito importante, né?
E como está educando seus filhos? Fala que
é não é machista, mas acha que mulher não pode “dar por aí” e que a sua filha
tem que ser “menina para casar” enquanto seu filho é o garanhão da faculdade?
Ou, se diz não homofóbico, mas não deixa seu filho fazer ballet “porque é coisa
de menina ou de boiola?” É contra o Bolsa Família porque é populista e não
ensina a pescar, mas dá aquela contribuição mensal a uma instituição de
caridade porque é mais fácil do que ir lá ajudar semanalmente? Ou nem isso? É
contra a desonestidade, mas cola na prova? E quantas músicas e filmes já baixou
esse mês sem pagar pelos direitos autorais?
A lista de exemplos de hipocrisia com a
qual nos depararíamos olhando com mais atenção para nós mesmos é imensa. E
necessária se quisermos de fato que o mundo se torne um lugar melhor!
Michael Jackson foi um ídolo de imensa dicotomia
também, mas colocou em lindas palavras e emocionante melodia uma mensagem que
permanecerá atual por muitos e muitos séculos após a sua morte:
"I'm starting with the man in the
mirror
I'm asking him to change his ways
And no message could have been any
clearer:
If you wanna make the world a better place
Take a look at yourself and then make a
change"