De todos os preconceitos enraizados na sociedade e no inconsciente coletivo, o machismo certamente é o mais presente e o mais letal e sem dúvida o mais difícil de extirpar. Inicialmente é curioso já que não afeta uma minoria, por suas características, muitas vezes extremamente sutis e por contar com opressores e oprimidas advogando em seu favor ainda que inconscientemente.
Na última semana repercutiu muito
na mídia o discurso sobre feminismo na ONU da atriz britânica Emma Watson e
o vídeo se tornou um viral sendo compartilhado por milhões de pessoas e gerado também
uma série de ameaças à atriz.
Nada do que ela disse é novo,
nada que não esteja sendo dito por inúmeras mulheres mais ou menos anônimas que
lutam diariamente por direitos e oportunidades iguais para homens e mulheres. E dentre os milhares de
compartilhamentos, tenho certeza de que muitas e muitos de alguma forma também coadunam
com atitudes e pré-conceitos machistas sem se quer dar-se conta.
Percebo conceitos machistas
diariamente em afirmações, acontecimentos e tradições de nossas culturas e da
sociedade em geral que nem nos damos conta de quão embebidas de puro e velho
machismo elas estão.
Em uma mesa de bar começa uma
papo sobre a gravidez da mulher do fulaninho. E já começam as piadas dos
colegas de bar “se prepare, se for mulher... já viu” e alguém sempre solta a
famosa: “eu não tenho preferência de sexo, mas acho que homem é mais fácil de lidar. Dá menos
preocupações”
Oi??? Ainda bem que você não tem preferência! Ufa!