Então, rolou panelaço! Rolou
xingamento não muito nobre à Presidente e tá rolando muita mas muita incoerência,
hipocrisia e falta de querer ouvir, de querer ponderar e de unir esforços
contra os verdadeiros vilões: nós mesmos!
Às vezes dá um nó na garganta
com as coisas raivosas que tenho lido e confesso que por vezes (muitas) fico
completamente desesperançosa de que haja alguma solução para esta que chamamos
de pátria (conceito do qual tenho buscado me desapegar cada vez mais – mas isso
é assunto para outro momento!).
Eu não vou às ruas no dia 13
nem no dia 15. Para mim a eleição acabou e não sou a favor do impeachment, mas considero o protesto
popular uma das formas de lembrar ao governo de que todo poder emana do povo (e
não de Deus como querem algum), mas o que está em pauta – no caso a queda da
Presidente – não é a minha bandeira. Ando muito mais preocupada com a bancada
evangélica e as sandices de Eduardo Cunha e Renan Calheiros do que com o resto.
Além disso, tendo a concordar
com o Senador Cristovam Buarque, de que um impeachment da Presidente nada resolve,
nada agrega, nada acalma. Apenas enfraquece a nossa já frágil democracia.
Concordo também como ele de que a insatisfação é geral com a classe política e
em tese todos – ou quase - deveriam ser removidos de seus postos. Me lembrei
novamente da minha monografia na qual defendia a
possibilidade de cassação de mandato pelo povo também dos membros do Legislativo
e não apenas do Executivo.
Mas o que é que levou então à
gota d’agua para toda essa revolta? Será que os petistas estariam agindo da
mesma forma caso Aécio tivesse ganho? Estariam acusando o PSDB de estelionato
eleitoral quando ele cortasse ou reduzisse o orçamento com programas sociais? Talvez
sim, talvez não! Talvez estivessem apenas fazendo o que eles sempre souberam
fazer muito bem: OPOSIÇÃO! Ou talvez estivessem tentando instaurar a tal da
ditadura bolivariana (piadinha tá gente!?). Difícil saber a essa altura.
Alguns amigos revoltados
bradam com vigor: “ela mentiu na campanha”! Já ouvi também em várias situações
que o que houve foi um “estelionato eleitoral”. Esse tipo de colocação me causa
tanta estranheza quanto a repressão aos protestos que muitos petistas tentam
disfarçar de superioridade: “revoltinha se cura com análise e calmante” não
condiz com quem tanto foi às ruas contra governos anteriores!
De um lado, “não cumprir
promessas de campanha” não me parece tenha sido inovação eleitoral da Sra.
Dilma Roussef, muito menos protestar e pedir impeachment sempre que rola um escândalo, foi obra original desta “nova
direita”.
Eu não estou nem um pouco
surpresa com as medidas tomadas pelo governo! Inclusive discuti com alguns há
época sobre como qualquer um deles (Dilma ou Aécio) teria que tomar essas medidas que só não foram feitas antes por razões
eleitorais. Aliás, só pode estar surpreso quem não acompanha minimamente o
cenário econômico do país e do mundo. Surpresa mesmo estou é com a revolta de
quem esperava – e clamava - por todas
essas medidas para recolocar o país nos eixos com Aécio e agora tá putasso aí
xingando muito no twitter! Um tanto boquiaberta estou com a defesa dos atos do
governo por parte dos que quase me mataram quando falei do tal “mercado” (“o
mercado não existe! O que existe é o POVO!” foi uma das respostas que ouvi em
discussões pré-eletorais) e de que ela teria que tentar acalmá-lo de alguma forma
justamente tomando essas medidas. Coerência a gente certamente não vê por aqui.
Até que ponto vai a ideologia partidária para levar pessoas a serem frequente e
reiteradamente inconsistentes apenas para apoiar um lado, quando deveríamos estar
todos do mesmo lado: o do POVO!
Porque essa revolta toda
agora que ela tomou medidas que todo mundo sabia que seriam tomadas e que eram
necessárias? E porque não são os meus amigos petistas que estão na rua contra o
governo que “traiu” seus ideais tirando dinheiro da educação (até do Pronatec –
piada pronta), aumentou impostos e nomeou um Ministério que agradasse e
acalmasse o tal do mercado? Cadê o povo que compartilhou artigos acadêmicos que
demonstram a ineficiência de um regime de austeridade em tempos de crise agora?
Pois é... estão defendendo a austeridade... vai entender! Cadê os eleitores do
Aécio felizes por ela ter tido coragem de fazer o que queriam que o PSDB
fizesse – as tais “medidas impopulares”, flexibilizando os benefícios dos
trabalhadores que todo empresário reclama que freia a competitividade? Quedelhe??? Não tem... galera abraçou o
posicionamento pré eleição e não tem a menor vergonha de mudar de argumento/fundamentação
desde que não mude de lado! E ai de alguém que tente ponderar, que tente olhar
o outro lado, que tente ser solidário: Coxinha, Petralha, bandido, corrupto,
conivente, vagabundo ou em cima do muro são os adjetivos atribuídos a essas
pessoas (dentre as quais me incluo).
O fato é que para além da
revolta, os argumentos debatidos me soam simplistas e mal explorados de ambos
os lados.
Em nada ajuda o Juca Kfouri (apenas
como exemplo de muitos) dizer que a revolta representa apenas “o incômodo que a elite branca sente ao
disputar espaço com esta gente diferenciada que anda frequentando aeroportos,
congestionando o trânsito e disputando vaga na universidade”. Isso
não é verdade! E esse tipo de argumento que generaliza, que diminui o outro,
que ignora a complexidade do assunto, apenas empobrece o debate e faz com que
muitos deixem de questionarem-se sobre suas reais inconsistências e
incoerências e, porque não, verem as coisas por um outro lado. Relegar TODAS as pessoas
revoltadas com o governo a um bando de playboy que não quer dividir o bolo é
simplista demais e faz com que a reação instintiva do interlocutor seja
descartar o argumento como um todo. A não ser que o Juca esteja escrevendo
apenas para si e para aqueles que pensam como ele esse tipo de texto serve
tanto quanto compartilhar vídeos e memes idiotas em grupos de whatsapp. Ninguém
vai mudar sua opinião ou refletir sobre algo porque você mandou um meme
retardado ou um vídeo editado do Lula falando merda! Isso só irrita! Só afasta!
Nota: se você muda de opinião por conta desses memes volte duas casas!
Por outro lado, colocar a
solução de problemas tão complexos no impeachment
da Dilma é tão ou mais simplista quanto. ELA não é o problema! Ela é apenas
mais uma rodinha de uma engrenagem muito maior. “Ahhhh mas então você acha
melhor não fazer nada?” Não, eu acho melhor fazer algo sempre! Eu acho melhor
ler, se inteirar (sim você elite intelectual ao menos pode fazer isso!).
Participar da política, participar de Conselhos Municipais, acompanhar votações
no Congresso e pautas do STF, saber o que seus candidatos no legislativo estão
fazendo e cobrar deles o que prometeram nas suas campanhas. Ok, ok, lembrar em
quem você votou já seria um grande avanço!
Esses dias falei que eu estava
me sentido de certa forma sensibilizada pela situação do ser humano Dilma. Comentei
que fico pensando no tamanho da pressão que ela deve estar suportando, em como
não deve estar sequer dormindo ou descansando. Talvez chore em um canto. Talvez
se pergunte porque escolheu esse caminho da política... talvez tema pela sua
segurança. Certamente ela está pagando por erros que não são apenas dela!
Certamente não foi ela quem inventou a corrupção e muito menos a má
administração pública! Também não foi o Lula e nem seu antecessor. O Brasil é mal
administrado desde que Pedrinho botou seus pezinhos aventureiros na Bahia. Não
preciso nem dizer o que ouvi como resposta né? Ajoelhou...
Mas então, para não dar uma
de Juca e pregar para convertido, gostaria de fazer desse post um convite.
Um convite à reflexão
genuína. De tu com tu mesmo, nem precisa compartilhar com ninguém e mostrar que
está olhando para o outro lado...
O convite é olhar para
si! Eu já falei sobre isso aqui: a única forma de mudar o mundo
é mudarmos a nós mesmos e a mudança só funciona de dentro para fora!
Precisamos olhar para os
nossos próprios defeitos com mais honestidade e olhar para fora com mais carinho
e menos julgamento! Falta olhar-se no espelho e enxergar a própria podridão e
sordidez e, ao invés de apontar sempre os mesmos culpados, responder-se com a
sinceridade mais cruel possível: o que VOCÊ aí do espelho está fazendo para
mudar o mundo?
Como está educando seus
filhos? Fala que não é machista, mas acha que mulher não pode “dar por aí” e
que a sua filha tem que ser “menina para casar” enquanto seu filho é o garanhão
da faculdade e ainda chama feminista de feminazi? Ou, se diz não homofóbico,
mas não deixa seu filho fazer ballet “porque é coisa de menina ou de boiola?” É
contra o Bolsa Família porque é populista e não ensina a pescar, mas dá aquela
contribuição mensal a uma instituição de caridade porque é mais fácil do que ir
lá ajudar semanalmente? Ou nem isso? É contra a desonestidade, mas cola na
prova? E quantas músicas e filmes já baixou esse mês sem pagar pelos direitos
autorais?
Eu te pergunto: você que está
tão indignado com o petrolão, mensalão, sei lá quantos mais “ãos” o quão
indignado se sente com a situação da criança que vem te pedir dinheiro no
semáforo com o olhar triste e distante? O quanto te “revolta” quando passa por
uma favela ou vê pessoas vivendo em condições de miséria material e emocional,
completamente abandonadas pelo Estado? Quantas vezes você bateu panela pelas
milhares de crianças que não estudam e sequer podem comer mais do que uma
refeição por dia?
Qual o grau de dor física que
te causa saber que milhões de brasileiros vivem na extrema miséria (sendo que
se você ganha mais de R$ 70 aparentemente já não é mais considerado
miserável!).
Você já parou para pensar no
tanto de privilégios que você tem? Não me venha com: “não tenho culpa de ser
homem/branco/elite”. Você pode não ter culpa mas tem RESPONSABILIDADES!
Não é possível continuarmos a
viver olhando apenas para o nosso umbigo! Para os nossos argumentos e para o
nosso sofrimento! Acabou o iogurte no mercado: fodeu! Viramos a Venezuela!
Sério! Para e pensa no ridículo desse problema perto do que milhões e milhões
de brasileiros vivem e viveram por séculos! A corrupção não é novidade! Certamente
ela não é novidade para quem cresceu sem saneamento básico e asfalto porque a
verba nunca chegou. Ela não é nada nova para quem não teve acesso à educação
básica e à saúde por séculos e décadas, muito menos para os que vivem sem água
no sertão ou para os que morrem todo ano nas enchentes fluminenses. Então, não
se engane dizendo que a sua revolta é com o nível absurdo de corrupção! Pois
ela está aí corroendo o Brasil há séculos de formas muito mais perversas e nem
por isso você gastou seu teflon com isso!
Também não podemos continuar
apenas perpetuando discurso de ódio e culpando os outros pelos nossos problemas
sem que nos dediquemos minimamente a aprofundar a reflexão e fazer algo para
resolvê-los! Chamar o cidadão de coxinha não vai resolver em nada! Culpar o
empresário que acorda cedo, paga impostos e que gera empregos também não! Muito
menos ajuda defender o governo cegamente com unhas e dentes sem enxergar suas incoerências,
sua hipocrisia e demagogia.
Então, vá às ruas no dia 13
ou no dia 15 e demonstre sua posição. Vá em paz e proteste! Mas lembre-se: nem o
impeachment nem o status quo resolverão o problema! A
única coisa que vai iniciar a mudança verdadeira é o olhar primeiro para
si, depois para o outro com atenção e empatia! É sair da cadeira e da frente do
computador e agir! É ler, estudar, empoderar, ocupar o espaço público... cobrar
os políticos mas também votar com consciência e (de preferência IR VOTAR). Você
pode achar que o maior problema do Brasil é a corrupção, mas não é! O maior
problema do Brasil é o individualismo! A corrupção é apenas sintoma de uma
causa muito mais podre e pobre!
Poderá gostar de: Bolsa Esmola? Sobre a Democracia Sobre o politicamente (in) correto Sobre Orange is the New Black e a Compaixão
Partilho da mesma idéia. Muito bom seu artigo
ResponderExcluirAdorei, como sempre!
ResponderExcluirParabéns pelo artigo.
Mari.
Estou emocionada com tanta coerência e confesso que quase chorei.
ResponderExcluirParabéns para vc, adorei te ler.
Aonde eu ligo pra te dar parabéns?
ResponderExcluirEspetacular, digno de aplausos!
Conseguiu colocar em palavras tudo o que penso a respeito e que venho conversando com colegas e amigos.
ResponderExcluirConcordo com você. Não se pode esquecer de se retirar também esse senhor Cristovam Buarque, do Senado, que não vale uma letra do que já escreveu. Uma vergonha para os educadores. Alguém que foi exonerado pelo telefone, por que viajava demais no governo Lula, por seus interesses particulares (publicando livros na Europa). Outro ponto, se me permite, seria bom se revisasse seu texto antes de publicar, erros de concordâncias são erros crassos.
ResponderExcluirPor falar em "erros de concordâncias", o plural é erros de concordância... Ates de dar lição, estude...
ExcluirLeitura lúcida e brilhante da conjuntura atual.Parabéns!
ResponderExcluirVocê é sensata, inteligente e colocou bem suas palavras. Li com atenção ao seu texto e concordo com ele, até certo ponto...
ResponderExcluirNós temos a responsabilidade sim de fazer algo para mudar essa situação que se encontra nosso país, e pode ter certeza que muitas pessoas o fazem. Mesmo que em total silêncio, sem fazer propaganda...
Mas não vejo como o cerne do problema esse "povo", pois apesar de sermos a maioria, não somos nós que decidimos nada... Somos representados pelos nossos governantes, e mais do que isso, somos manipulados, e forçados a fantasiar que a culpa é do cidadão.
Aí vem os rótulos, coxinha, burguês, elite... Isso não existe... Foi inventada uma guerra de classes. A elite de verdade não precisa se preocupar com isso, ela tem dinheiro suficiente para viver no seu mundo particular. (Vale a pena saber sobre a família do Lula)
Para não muito estender, quero dizer que eu não vou às manifestações, não porque eu esteja satisfeita com a corrupção, com os impostos, com a mentira e impunidade que sou obrigada a ver todos dias... Mas simplesmente porque eu vejo que não vai adiantar, o cenário foi bem montado e as máscaras não cairão...
Assim como milhões de brasileiros, enquanto uma minoria enriquece e quebra o Brasil a cada dia, eu me torno mais pobre...
Parabéns, você expressou exatamente como penso. Não concordo com o texto publicado. Extenso demais.dispersivo, acaba por se contradizer. Quem foi às ruas, o foi porque não acha que l povo pague a conta por má gestão, gastando mais do que arrecadar, sem falar na corrupção da Petrobrás. E então, está certo o desleixo e falta de manutenção de portos e estradas, para investir em portos e estradas em outro país. É certo aliar-se à ditadores que não respeitam direitos humanos e tiram a liberdade do povo? Seria interessante ler à respeito do Foro de São Paulo e sobre a UNASUL. Talvez até reescreva o texto.
ExcluirAcho o texto válido. Mas filosofia não combina com administração. Uma empresa mal administrada gera vários problemas quando a empresa é bem administrada ela gera bons resultados e maioria das pessoas que nela trabalham terá prazer em trabalhar. Problema de corrupção não é só no Brasil é no mundo todo. E porque em alguns países desenvolvidos existem condições melhores de vida e de serviços públicos, por causa da boa administração e isso não significa que não tenha corrupção, mas existe ordem, controle, justiça, fiscalização e respeito por quem contribui. Pela carga tributária que pagamos deveríamos ter todo este retorno. Não acredito que devemos deixar de participar deste momento porque no Brasil é um problema cultural. No Brasil existe gente séria e honesta e devemos sim manifestar até que quem estiver no poder tome vergonha uma vez que eles sabem sim o que tem que ser feito, mas não o fazem. O que me deixa revoltado e falar que é um problema histórico, ok, mas o que o amigo está fazendo para contribuir para mudar esta história. Ha não,vamos ficar sentado só olhando para o nosso eu interior enquanto nosso dinheiro altamente tributado é mal distribuído. Vejamos a nossa presidenta diz que brigou pela democracia antes do fim do regime militar com tanta história para contar, hije está no poder e tem tudo para fazer a diferença e não faz. Mas o problema não é só dela, sim claro que não, mas se não tivesse rabo preso ficaria em público e pediria o apoio para mudar o Brasil. O problema que os três poderes estão comprados, e agora? Qual seria a saída? Temos que manifestar com foco e dentro dos órgãos publicos. Temos um grupo e estamos em constante presenca na câmara de sao paulo mas mesmo presente é muito dificil e aqueles que eram de esquerda e oposição e que hoje estão no poder são os que tem menos interesse em ajudar a população. Só estão criando massa de manobra e enrolando. Talvez seja porque ainda no Brasil temos uma grande número de pessoas analfabeta e que é facilmente enganado. E pergunto quem cuida da nossa educação? ?? Então e aí como faz para mudar a cultura e a história. Somente o povo se unindo em grande número para poder fazer pressão. Encaro a presidente como uma administradora e por sinal incompetente e como ela deve estar sofrendo com a pressão isso não me interessa pois existem muito mais pessoas sofrendo agora em consequência desta administração. Devemos olhar para trás sim, mas não ficar parado no tempo esperando que as pessoas se dêem conta de suas atitudes sem não temos em quem nos espelhar pois no Brasil hoje não tem uma referência positiva, um líder que esteja do nosso lado, do lado de todos. Talvez este seja un momento histórico que os nossos netos no futuro se orgullhem de saber que foi em nossa época que o Brasil começou a fazer uma nova história. E vc quer ser lembrado como? Como quem filosofou e que deixou as coisas acontecerem ou ser lembrado porque participou e contribui para a mudança cultural e historica e política do nosso país. Os problema não é de agora, mas aceitar isso e não exigir de quem está no poder no presente em quevivemos e se omitir para ter um futuro diferente.
ExcluirSeu texto além de ótimo, me representa completamente.
ResponderExcluirVenho falando isso há anos e arrumei muita encrenca na campanha eleitoral por defender esses argumentos.
Ser o que quer ver no mundo , como disse Ghandi.
Obrigada, Maria Baldin
O texto começa bem, muito bem. Mas aí vem a conclusão simplista que a autora tanto critica. "O maior problema do Brasil é o individualismo". Baseada em quê a autora considera individualismo um problema? Individualismo assim como colectivismo é apenas uma das dimensões de cultura nacional. O Brasil desde da época do Pedrinho tenta conciliar a cultura herdada com a desenvolvida pelos brasileiros. Em um governo colectivista, o Estado está acima das liberdades do individuo. É hierarquista, é a "pátria mãe", responsavel por todos e onde os recursos e os poderes são centralizados. Os individuos são se sentem completos se não formarem parte de um grupo extenso. Paísea latinos, Africanos e Asiaticos são na sua maioria, colectivistas. Em países de cultura individualista, a intervenção do Estado é bem menor, os impostos são mais baixos . O individuo se importa acima de tudo consigo e com sua familia imediata e a há oportunidades para todos para atigirem os seus objetivos. Australia, Nova Zelandia, UK, Holanda, Suiça, Irlanda e outros são exemplos de nações onde tanto o povo quanto a sua forma de governo estão de acordo com esse princípio. E advinha o quê? As pessoas vivem muito bem, muito obrigada. Individualismo não é problema. Problema sim é a corrupção tanto do individuo quanto do governo. Concordo plenamente que é muita hipocrisia protestar contra a corrupção alheia e manter a sua. Devemos sim, olhar para dentro, sermos os individualistas que somos e eleger um governo individualista como nós, sem esperar que o Estado tenha que fazer tudo por nós, porque simplesmente não vão fazer. O individuos que governam o Estado são individualistas e corruptos ( afinal são a nossa representação) . Chega de hipocrisia e achar que haverá alguem nesse país tupiniquim que nao se apropie indevidamente do poder. A solução é dar-lhes menos poder, menos dinheiro, menos direito a intervir, menos responsabilidades, menos empresas estatais a serem consumidas pela corrupção. Chega de corrupção, mentira e má administração. Hoje estarei na rua, protestando.
ResponderExcluirPerfeito!
ResponderExcluirAff, enquanto continuarem tratando a política como se fosse representada por times de futebol, nada vai mudar. O Brasil está dizendo basta pra corrupção, não importa que partido está lá, sai o corrupto hoje e se entrar outro, vai sair também. Chega, ninguém numa entrevista de emprego me pergunta se sou PT ou PSDB, me perguntam minhas qualificações. Por que na política tudo isso desaparece e o foco é o partido? Acorda, nosso passado é um lixo, de todos os lados, mas meu filho não vai viver desse passado, e sim do futuro, e pra quem governar este, eu vou perguntar seriamente as qualificações para o cargo, não me interessa pra que "time" você torce, isso aqui é administração, razão, se você usa a emoção pra decidir, não está preparado para "pensar por si mesmo". Basta.
ResponderExcluirFalamos a mesma lingua. http://youtu.be/lMdqOEpwYbQ
ResponderExcluirConcordo com praticamente tudo! Uma coisa me incomodou apenas: O discurso me pareceu bem incoerente quando ela se dirige a "elite branco homem".
ResponderExcluirNão estaria ela generalizando e diminuindo um grupo de pessoas, promovendo mais a separação entre classes ou gêneros ao invés da união? Acho tão pejorativo quanto falar "pobre mulher negra" .
Mas, de resto, ótima reflexão!
Tentei passar uma mensagem semelhante no meu blog, dia desses, mas fracassei miseravelmente.
ResponderExcluirNão consegui organizar os pensamentos e colocar os argumentos de forma coerente como você fez. Obrigado por expressar essa ideia.
Acho que o grande problema dos sensatos é que eles refletem e ponderam antes de emitir uma opinião, de forma que eles acabam se manifestando com muito menos frequência e alarde. Fica parecendo que todas as pessoas estão desinteressadas em soluções mais conciliadoras e inteligentes, já que somos bombardeados diariamente com discursos polarizadores e excludentes (no sentido de "somos nós, os certos, contra eles, os tapados").
Muitos acreditam que "fazer alguma coisa" é tomar partido e defendê-lo ferrenha e agressivamente, independente das circunstâncias.
Mas tenho fé que as pessoas eloquentes e menos deslumbradas são maioria, apenas são mais silenciosos.
Não concordo com o texto publicado. Extenso demais.dispersivo, acaba por se contradizer. Quem foi às ruas, o foi porque não acha que o povo pague a conta por má gestão, gastando mais do que arrecadar, sem falar na corrupção da Petrobrás. E então, está certo o desleixo e falta de manutenção de portos e estradas, para investir em portos e estradas em outro país. É certo aliar-se à ditadores que não respeitam direitos humanos e tiram a liberdade do povo? Seria interessante ler à respeito do Foro de São Paulo e sobre a UNASUL. Talvez até reescreva o texto.
ResponderExcluiracrescentaria que PPP...nao precisa ser literalmente que a prisão no BRASIL seja apenas para preto,pobre e puta; (que a justiça aja de forma igualitária)
ResponderExcluirJuro queria ser sua amiga para beber um vinho e bater papo! Texto brilhante
ResponderExcluirIsadora, sua linda! Quem sabe ainda não nos cruzamos nesse mundão aí?!!!
ExcluirBeijos!
Nao concordo. Viloes sao nos mesmos? Perai.... se liga! Nao quer ir as ruas nao va. Fica em casa, mas nao liga a TV porque a energia ta cara. Nem o som. Nao abra a geladeira porque comida ta um absurdo. E se resolver sair pra ir ao shopping tomar um chope va andando porque a gasolina tambem ninguem consegue pagar. Minha geracao foi as ruas, tiramos o presidente e melhoramos o pais pra todos. Voce nao se lembra disso mas deve ter tido uma infancia um pouco melhor porque eu e milhares de pessoas fomos a rua sm!
ResponderExcluirFaço das suas minhas palavras. Adorei
ResponderExcluirSensacional
ResponderExcluirPessoal, obrigada a todos pelos comentários! Li todos com atenção e carinho e mesmo as críticas foram bem-vindas para a reflexão! A maior emoção é perceber que muitas vezes as minhas palavras não são só minhas! Isso me toca de formas inexplicáveis! Fiquem sempre à vontade para darem suas opiniões e fazerem as críticas que entenderem relevantes! A "casa" é de vocês! Beijooo
ResponderExcluirLi seu texto e fiquei aliviada por você conseguir expressar de forma tão simples, elegante e direta o que eu penso desse momento político todo que passamos no nosso país. Li pela segunda vez hoje para me lembrar quem eu sou nesse festival de opiniões divergentes (um beijo pra Democracia, sua linda!) e lerei sempre que puder. "Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia". Obrigada e meus parabéns, belíssimo texto!
ResponderExcluirAcho que nossos pensamento se assemelham bastante. E digo mais, uma coisa que me surpreendeu negativamente nos protestos de domingo foi a quantidade de imagens com incitação ao ódio, inclusive apoiando o feminicídio. Falei sobre isso no texto " O protesto foi pacífico mas mostrou o pior lado do ser humano", que pode ser lido aqui: http://bit.ly/1FMNTf3
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